quinta-feira, 12 de julho de 2012

PORQUE AMAMOS A IGREJA


É possível um cristianismo sem igreja? Para vários movimentos evangélicos a resposta é "sim". 

Muitos entendem que não há espaço no mundo atual para essa organização milenar chamada igreja. E apontam que é a espiritualidade que deve ser nutrida e valorizada. Quanto menos regras e hierarquia melhor. 

Há outros para os quais a resposta é "não". Dentre esses, estão Kevin DeYoung e Ted Kluck, que continuam creditando à igreja o espaço ideal para o povo de Deus ter a experiência comunitária, louvar, adorar e nutrir-se da Palavra.

No momento em que a Igreja, em sua variedade de modelos, está no centro dos debates, os autores apresentam razões e motivações que comprovam quão distante está essa instituição de ter a falência decretada.



Eles amam a igreja...

Amo minha igreja porque sei que por ela sou amado e aceito apesar dos meus defeitos. 
Lisanias Moura - Pastor da Igreja Batista do Morumbi


Eu amo a igreja porque Jesus Cristo ama a igreja, da qual Ele é a cabeça e noivo. Ele deu sua vida por amor a ela. Quem ama a Cristo não pode deixar de amar a igreja. 
Dr. Russell Shedd


Eu amo a igreja porque ela é o corpo vivo de Cristo na Terra. É ela que, neste mundo, entrega o amor de Deus à comunidade e, naturalmente, como todo organismo vivo está sujeito a enfermidades, todavia continua sendo a única instituição, juntamente com a família, a prevalecer, diante de reinos, sistemas, partidos, culturas e instituições deste mundo, a mais de 2000 anos. Cristo sim, igreja sim!" 
Carlito Paes - Pastor Sênior da PIB em São José dos Campos - SP.


Eu amo a igreja porque ela é o canal que o Espírito Santo usa para comunicar a cada indivíduo, família, cidades e nações a fé, a esperança, o amor e a vida, que está em Jesus Cristo. 
Pr. Jeremias Pereira - 8ª. Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte

sexta-feira, 6 de julho de 2012

E quando Deus fala...



Quantos de nós já ouvimos ou falamos o termo “Deus falou comigo para fazer isso” e numa sequencia a afirmação: “Deus me mandou abrir mão”. Não é uma coisa rara de se ver, pessoas que creditam em Deus o motivo de certas decisões tomadas em sua vida e numa sequencia um fim trágico ou desagradável dá outra forma a aquilo que antes tinha sido uma “direção de Deus”.
Não estamos discutindo a forma com que Deus fala. Se é na mente, se é no coração, se é pela Palavra ou usando outra pessoa, cheia do Espirito (ou não) para se relacionar com os seus filhos. O fato é que cremos num Deus que se relaciona de forma graciosa com seus filhos e que está se revelando, demonstrando a Sua vontade e nos conduzindo ao Seu propósito eterno. Os que são guiados são filhos e os que são filhos são guiados. Aqueles que obedecem não mais a carne, mas o Espirito esses são chamados de filhos. Romanos 8:14
O problema: Quando estamos para alugar uma casa e nós não conseguimos provar que temos uma renda, quando a nossa palavra não é suficiente para garantir a confiança do outro para comigo, nós precisamos de um fiador. E é exatamente isso que o Senhor tem sido para algumas pessoas. Na impossibilidade de garantir a aprovação dos outros por si só, temos usado o nome de Deus como garantia de nossas ações. Seja em forma de profecia, conselho, sugestão, falta do que falar, ou simplesmente um aval para agir de acordo com a nossa própria vontade.
Ser guiado pelo Espirito requer uma confiança tamanha, que abre mão de todos os interesses pessoais para estar passivo a direção do Espirito, em outras palavras, é assumir que não temos condições nenhuma de agir por nós mesmos e necessitamos do conselho do Senhor.
Neste caso, não temos Deus como fiador, mas como Senhor. Que não só nos gerou, mas que nos deu liberdade e autoridade de governar sobre todas as coisas, debaixo da sua tutela, somente debaixo da sua tutela. E como vemos claramente nas escrituras em alguns momentos Deus irá mudar o nosso percurso, nos dar ordens específicas e muitas vezes contraditórias a nossa vontade. (Atos 16:6-7 , 8:26 – Paulo e Filipe)
O problema: Nós cada vez mais estamos vivendo numa sociedade e formando cristãos hedonistas, que estão interessados somente no seu prazer. As igrejas que mais crescem hoje são as que têm um discurso voltado para os desejos e intentos do homem, então aberrações como “venha buscar a sua benção” ou “hoje é o dia da sua vitória” tem substituído à mensagem do evangelho, e se tornado o slogan ideal para “igrejas” que tem a quantidade como sinônimo de prosperidade. Uma ordem ou uma direção que vá contra o prazer ou a alegria de um cristão muitas vezes é combatida com o argumento: “A, mas Deus não quer isso pra mim não irmão”, na verdade é a própria pessoa que não quer, ou “ta repreendido em nome de Jesus”.
Vamos analisar a vida do profeta Oséias (Oséias 1). Deus manda que ele case com uma prostituta. Muitas teorias são usadas para justificar esse fato, mas a realidade é que ele se casou com uma. Aparentemente pode parecer uma ordem absurda e sem sentido: Um Deus santo manda que seu profeta se case com uma mulher que não compactua com a sua santidade, uma mulher que mesmo depois de casada continua com suas práticas, e Oséias consente com todos os seus atos, porque conhecia a sua natureza e identidade antes mesmo de toma-la como esposa.
O que pode nos passar despercebido é o porquê o Senhor mandou que ele se casasse com ela. Oséias era um profeta, representante da autoridade do Criador diante do seu povo, um homem que deveria conduzir o povo segundo a direção dada por Deus e era exatamente isso que Oséias estava fazendo. Ao casar com Gômer, a vida de Oséias estava transmitindo uma mensagem ao povo, estava representado o estado em que eles se encontravam e a reprovação de Deus. O povo viu em “curto prazo” o que iria acontecer com eles em longo prazo, se tão somente obedecesse às leis de Senhor.
Quando seguimos fielmente a ordem do Deus Pai, independente da forma que ela tenha, ou das inquietações do nosso velho homem, temos a garantia de que Deus dará a forma dele a tudo, e que também, a nossa vida está transmitindo uma mensagem ao mundo. Pense em quantos testemunhos nós contamos, todos eles são de pessoas que mesmo na adversidade foram fiéis a voz do Senhor e por causa disso, tiverem a suas vidas transformadas segunda a forma que Deus queria dar  elas.  Da mesma forma que essas experiências nos inspiram estamos sendo chamados para inspirar outras pessoas, e faze-los confiar na soberania de Deus.
Assim como ele restaurou o casamento de Oséias, para afirmar que restauraria o seu povo, nós podemos descansar na certeza que a obediência é um ambiente seguro, e que nós como sacerdotes estamos transmitindo a mensagem de um Deus que é poderoso em todos os seus caminhos, para que de fato sejamos cartas vivas, conhecida e lida por todos os homens, não escrita com tinta, mas com o Espirito do Messias (2 Coríntios 3:1-5 ), para restaurar a fé de um mundo que está perdido, e morto em seus próprios pecados.